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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nossa história

Aula sobre a Guerra dos Farrapos - iPED

Hino do meu Estado...

Documentário Revolução Farroupilha

Revoltas Regenciais

 


Cabanagem - Ocorreu na província do Pará (1835 - 1840)


A população do Pará vivia isolada do restante do país até pela geografia da região. As condições miseráveis em que vivia a população ribeirinha (cabanos) já havia provocado vários protestos e manifestações.

Em 1833 iniciou-se  uma grande revolta popular, sob a liderança dos irmãos Vinagre (Francisco Pedro, Antonio Raimundo e José). Cercando o palácio do governo os revoltosos mataram o presidente de província, Bernardo de Souza Lobo e, instituem Clemente Malcher como o novo governador.
O movimento tornou-se mais forte, quando pessoas que moravam em cabanas pobres nas margens dos rios e que combatiam as forças legalistas se juntaram ao movimento.
Declarando-se fiel ao imperador e prometendo governar até a maioridade de D.Pedro, Malcher passou a reprimir os elementos mais radicais dos cabanos. Novamente a revolta tomou conta de Belém, Malcher foi deposto e morto. O poder foi entregue a Francisco Pedro Vinagre.
Francisco Pedro não conseguiu pacificar a região e o governo regencial enviou tropas para pôr fim ao conflito. A aproximação de tropas determinou uma onda de saques e depredações, principalmente contra estabelecimentos pertencentes a portugueses.
Chegou então a Belém um forte contingente militar comandado por Francisco José Soares de Andréia, que conseguiu tomar a cidade. Os cabanos ainda resistiram no interior, porém aos poucos vão sendo derrotados e dizimados. Cerca de trinta mil pessoas morreram e, apesar da falta de orientação que caracterizou o movimento, os cabanos conseguiram exercer o controle provincial por algum tempo.

40% da população da província do Pará morreu...


Balaiada - Ocorreu no Maranhão (1838 - 1840).

        As principais causas foram a insatisfação com o presidente nomeado pelos regentes e as precárias condições de vida dos vaqueiros, fazedores de balaios e escravos.

Também no Maranhão a população havia participado ativamente do processo de expulsão das autoridades portuguesas durante as lutas pela independência em 1823.
Porém, como em outras regiões, reinava um clima de decepção, pois a independência não conseguira melhorar as condições de vida da população nem a economia da região.
A luta política no Maranhão era travada entre dois grupos políticos: os bem-te-vis - liberais exaltados- e os cabanos - conservadores.

Em muitas ocasiões a luta deixava de ser política e passava a ser armada. Após cada eleição sucediam-se os crimes políticos.

         A maior parte da população do Maranhão era composta de negros e pequenos agricultores. Muitos negros aproveitavam-se da instabilidade reinante na região para fugir e formar quilombos.
         Os pequenos agricultores “sertanejos”, em geral, mulatos, eram a base das tropas que lutavam em defesa das facções políticas da região. Muitos grupos de sertanejos agiam de forma autônoma, invadindo fazendas e roubando gado. Em dezembro de 1838, o líder de um desses grupos, Raimundo Gomes, atacou uma cadeia no interior do Maranhão para libertar seu irmão. Receberam a adesão do grupo de Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o Balaio, e do negro Cosme Bento, que liderava 3 mil negros. Em 1839 o grupo conseguiu tomar a cidade de Caxias, então capital do Maranhão, invadindo posteriormente outras localidades.
Em 1840 foi nomeado o então coronel Luís Alves de Lima e Silva como presidente do Maranhão com o objetivo de reprimir a revolta. Apoiado nos fazendeiros da região e aproveitando-se das rivalidades existentes entre os grupos de rebeldes, iniciou uma violenta repressão. Com a morte de Balaio, a rendição de Raimundo Gomes e a prisão de Cosme Bento, Luís Alves de Lima e Silva foi condecorado com o título de “Barão de Caxias” pelo imperador.

Sabinada - Bahia (1837 - 1840)

A Bahia foi uma região brasileira onde a luta pela independência travou-se de forma mais intensa. Com forte participação popular, as tropas portuguesas foram expulsas. Porém, com o passar do tempo a população percebeu que pouca coisa havia mudado com a independência. Assim, várias manifestações de descontentamento ocorreram durante o 1º Reinado e mesmo no início do período regencial.
Em 1835, ocorreu a revolta dos malês, escravos de origem sudanesa que professavam a fé islâmica. Milhares de negros e mestiços espalharam o pânico entre os proprietários de terras. A revolta foi duramente reprimida.
Em 1837, em Salvador, ocorreu um levante popular e de profissionais liberais liderados pelo médico Francisco Sabino da Rocha Vieira. Os revoltosos defendiam a separação temporária da Bahia até que D.Pedro assumisse o trono. O movimento, porém, restringia-se a Salvador.
Preocupado com a possibilidade de expansão do movimento, o regente Araújo Lima determinou uma violenta repressão apoiada pelos senhores de terra e de engenhos da Bahia. Os principais líderes do movimento foram mortos.

Farroupilha - Ocorreu na Província do Rio Grande Do Sul (1835 - 1845)
                                              
Foi o mais longo movimento de contestação ao poder central, que se estendeu da Regência ao segundo Reinado, foi empreendido pelos farroupilhas, como se denominavam os republicanos gaúchos.
O Rio Grande do Sul teve sua formação econômica voltada para o atendimento das necessidades do mercado interno. Sua produção de charque e couro abastecia as regiões agro-exportadoras do país.
Desde a independência, porém, a economia rio-grandense enfrentava sérios problemas. Havia uma pesada tributação sobre os produtos da região ao mesmo tempo em que as taxas de importação baixavam. Assim, os grandes proprietários rurais preferiam adquirir produtos importados do mercado platino, especialmente da Argentina, do que os produtos do Rio Grande do Sul. Por outro lado, a produção gaúcha baseava-se no trabalho livre e progredia sempre.
Desenvolveu-se, assim, entre os pecuaristas gaúchos, um forte sentimento em defesa de seus interesses que se confundia com uma formação histórica diferenciada e com o republicanismo próprio da área platina. Organizados em sua Assembléia Legislativa, os políticos rio-grandenses passaram a opor-se aos presidentes provinciais nomeados pelo governo regencial. Liderados por Bento Gonçalves, os farrapos ou farroupilhas, como eram chamados os revoltosos, invadiram Porto Alegre e destituíram o presidente da província. Tinha início a mais duradoura revolta histórica do país.

          Em 1836 proclamou-se a República do Piratini, no Rio Grande do Sul.

Regência...

Antecedentes:


Dom Pedro I em 1831 ao renunciar não deixou os brasileiros contentes, pois seu filho Dom Pedro de Alcântara tinha somente cinco anos de idade e não ia poder assumir ao trono. A Constituição de 1824 não permitia que o imperador fosse menor de 18 anos, ficando o Império nas mãos dos regentes, pois eles é que deveriam governar até a maioridade de Alcântara.


Enquanto os regentes não fossem eleitos, aconteceria outro  tipo de regência  que seria realizada por pessoas escolhidas pelo Estado até vir a Regência permanente..


Regência Trina Provisória:


De abril a junho de 1831, quando  o Poder Executivo estaria nas mãos de um ministro da Justiça e dois conselheiros de Estado.


Curiosidade: Neste episódio, no momento em que D. Pedro abdicou a Assembléia Geral do Império estava em recesso e os deputados e senadores escolheram os integrantes da Trina Provisória.




De junho de 1831 a outubro de 1835 ficou por conta de uma Regência Trina Permanente  escolhida por uma Assembléia Geral.


Regência Trina Permanente  foi elegida pela Assembléia Geral em julho de 1831 e representava um grupo de pessoas políticas que tinham idéias diferentes dos restauradores e liberais exaltados. Eles foram: os deputados João Braúlio Muniz, José da Costa carvalho e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

Para acabar com toda a  agitação que tomava conta do país era necessário que o ministério da Justiça que era o responsável por manter a ordem, fosse ocupado por uma pessoa com bastante capacidade. O escolhido, foi o padre Diogo Antonio Feijó, que recebeu muitos poderes para sufocar as rebeliões que se espalhavam por todo o país nas províncias.

Reformas na Regência:

Ocorreram algumas reformas  constitucionais, para que as idéias  liberais que eferveciam no país pudessem ser colocadas em prática e também para que nas províncias tivesse mais liberdade e também alguns direitos individuais.


Feijó com o objetivo de acabar com os abusos do poder criou a Guarda Nacional, em 1832, que tinha como objetivos: diminuir a área de atuação do exército - foco de exaltados - e aumentar o poder dos proprietários, já que os membros da Guarda deveriam ser proprietários de terras.

Além de fazerem parte da Guarda os proprietários deveriam dar capital para a manutenção das tropas. Isto fez com que Feijó criasse a titulação de Coronel para os proprietários que auxiliassem no empreendimento.

Porém Feijó acabou se desentendo com José Bonifácio, político de grande expressão no cenário nacional, e acabou sendo tirado do cargo de ministro da Justiça.